Checando tipos de arquivos JavaScript

Aqui estão algumas diferenças notáveis em como a checagem de tipo funciona em arquivos .js comparados com arquivos .ts.

Propriedades são inferidas de atribuições no corpo das classes

ES2015 não tem meios de declaração de propriedades em uma classe. Propriedades são atribuídas dinamicamente, assim como objetos literais.

Em um arquivo .js, o compilador infere propriedades a partir da atribuição das mesmas dentro de um corpo de uma classe. O tipo de uma propriedade é o tipo dado no construtor, a não ser que não seja definido lá ou o tipo no construtor for undefined ou null. Neste caso, o tipo é uma união dos tipos de todos os valores que estão do lado direito dessas atribuições. Propriedades definidas no construtor são sempre assumidas existentes, enquanto as que foram definidas apenas em métodos, getters ou setters são consideradas opcionais.

js
class C {
constructor() {
this.constructorOnly = 0;
this.constructorUnknown = undefined;
}
method() {
this.constructorOnly = false;
Type 'boolean' is not assignable to type 'number'.2322Type 'boolean' is not assignable to type 'number'.
this.constructorUnknown = "plunkbat"; // ok, construtorUnknown é uma string | undefined
this.methodOnly = "ok"; // ok, mas methodOnly também pode ser undefined
}
method2() {
this.methodOnly = true; // também ok, methodOnly's type é string | boolean | undefined
}
}
Try

Se propriedades nunca forem declaradas no corpo da classe, elas são consideradas desconhecidas (com o tipo unknown). Se sua classe tem propriedades que são apenas lidas, adicione e então anote uma declaraçao no construtor com JSDoc para especificação de tipo. Você não precisa nem atribuir um valor a ela se for inicializada posteriormente.

js
class C {
constructor() {
/** @type {number | undefined} */
this.prop = undefined;
/** @type {number | undefined} */
this.count;
}
}
 
let c = new C();
c.prop = 0; // OK
c.count = "string";
Type 'string' is not assignable to type 'number'.2322Type 'string' is not assignable to type 'number'.
Try

Funções construtoras são equivalentes a classes

Antes do ES2015, Javascript usava funções construtoras ao invés de classes. O compilador suporta esse padrão e entende que funções construtoras são equivalentes a Classes do ES2015. As regras de inferência de propriedades funcionam exatamente da mesma forma.

js
function C() {
this.constructorOnly = 0;
this.constructorUnknown = undefined;
}
C.prototype.method = function () {
this.constructorOnly = false;
Type 'boolean' is not assignable to type 'number'.2322Type 'boolean' is not assignable to type 'number'.
this.constructorUnknown = "plunkbat"; // OK, o tipo é string | undefined
};
Try

CommonJS modules são suportados

Em um arquivo .js, TypeScript entende o formato de módulo CommonJS. Atribuiçoes a exports e modules.exports são reconhecidas como declarações de exportação. Similarmente, chamadas de função require são reconhecidas como importações de módulos. Por exemplo:

js
// o mesmo que `import module "fs"`
const fs = require("fs");
// o mesmo que `export funcion readFile`
module.exports.readFile = function (f) {
return fs.readFileSync(f);
};

O suporte de módulo em Javascript é muito mais flexível sinteticamente que o suporte de módulo de TypeScript. Muitas das combinações de atribuições e declarações são suportadas.

Classes, funções, e object literals são namespaces

Classes sao namespaces em arquivos .js. Isso pode ser usado para aninhar classes, por exemplo:

js
class C {}
C.D = class {};
Try

E para código pre-ES2015, pode ser usado para simular métodos estáticos:

js
function Outer() {
this.y = 2;
}
 
Outer.Inner = function () {
this.yy = 2;
};
 
Outer.innter();
Try

Também pode ser usado para criar namespaces simples:

js
var ns = {};
ns.C = class {};
ns.func = function () {};
 
ns;
Try

Outras variantes são permitidas também:

js
// IIFE
var ns = (function (n) {
return n || {};
})();
ns.CONST = 1;
 
// defaulting to global
var assign =
assign ||
function () {
// code goes here
};
assign.extra = 1;
Try

Objetos literais são abertos

Em um arquivo .ts, um objeto literal que inicializa uma declaração de variável dá o seu tipo para a declaração. Nenhum membro novo que não foi especificado na declaração pode ser adicionado. Essas regras são relaxadas em um arquivo .js; objetos literais tem um tipo aberto (uma assinatura de índice) que permite adicionar e procurar propriedades que não foram adicionadas originalmente. Por exemplo:

js
var obj = { a: 1 };
obj.b = 2; // Permitido
Try

Objetos literais se comportam como se tivessem uma assinatura de índice [x:string]: any que permite que sejam tratados como maps abertos ao invés de objetos fechados.

Assim como outros comportamentos especiais do JS, esse comportamento pode ser mudado adicionando um tipo JSDoc para a variável. Por exemplo:

js
/** @type {{a: number}} */
var obj = { a: 1 };
obj.b = 2;
Property 'b' does not exist on type '{ a: number; }'.2339Property 'b' does not exist on type '{ a: number; }'.
Try

Inicializadores null, undefined e arrays vazios são do tipo any ou any[]

Qualquer variável, parâmetro ou propriedade que é inicializado com null ou undefined terão tipo any, mesmo que a checagem estrita de null esteja habilitada. Qualquer variável, parâmetro ou propriedade que é inicializada com [] terá tipo any[], mesmo que a checagem estrita de null esteja habiltada. A única exceção é para propriedades que tem múltiplos inicializadores como descrito acima.

js
function Foo(i = null) {
if (!i) i = 1;
var j = undefined;
j = 2;
this.l = [];
}
 
var foo = new Foo();
foo.l.push(foo.i);
foo.l.push("end");
Try

Parâmetros de funções são opcionais por padrão

Uma vez que não há uma forma de especificar opcionalidade em parâmetros de funções em Javascript pre-ES2015, todas os parâmetros de funções são considerados opcionais. Chamadas com menos argumentos que a quantidade declarada na função são permitidas.

É importante notar que é um erro chamar funções com mais argumentos do que declarados.

Por exemplo:

js
function bar(a, b) {
console.log(a + " " + b);
}
 
bar(1); // OK, segundo argumento considerado opcional
bar(1, 2);
bar(1, 2, 3); // Erro, argumentos em excesso
Expected 0-2 arguments, but got 3.2554Expected 0-2 arguments, but got 3.
Try

Funções anotadas com JSDoc são excluídas dessa regra. Use a sintaxe de parâmetro opcional JSDoc ([ ]) para expressar opcionalidade. e.g.:

js
/**
* @param {string} [somebody] - O nome de alguém.
*/
function sayHello(somebody) {
if (!somebody) {
somebody = "John Doe";
}
console.log("Hello " + somebody);
}
 
sayHello();
Try

Declarações de parâmetros var-args são inferidos do uso de arguments

Uma função que tem uma referência à referência arguments é considerada tendo parâmetros var-arg (i.e. (...arg: any[]) => any). Use a sintaxe de var-arg JSDoc para especificar o tipo destes argumentos.

js
/** @param {...number} args */
function sum(/* numbers */) {
var total = 0;
for (var i = 0; i < arguments.length; i++) {
total += arguments[i];
}
return total;
}
Try

Tipos de parâmetros não especificados tem como padrão any

Uma vez que não há sintaxe natual para especificar tipos de parâmetros genéricos em Javascript, um tipo de parâmetro não especificado tem como padrão any.

Em uma cláusula extends

Por exemplo, React.Component é definido para ter dois parâmetros específicos, Props e State. Em um arquivo .js, não há forma legal de especificar esses parâmetros na cláusula extends. Por padrão o tipo dos argumentos será any:

js
import { Component } from "react";
class MyComponent extends Component {
render() {
this.props.b; // Permitido, já que this.props tem o tipo any
}
}

Use o JSDoc @arguments para especificar os tipos explicitamente. Por exemplo:

js
import { Component } from "react";
/**
* @augments {Component<{a: number}, State>}
*/
class MyComponent extends Component {
render() {
this.props.b; // Erro: b não existe em {a: number}
}
}

Em referências JSDoc

Um tipo de argumento não especificado em JSDoc tem como padrão any

js
/** @type{Array} */
var x = [];
 
x.push(1); // OK
x.push("string"); // OK, x é do tipo Array<any>
 
/** @type{Array.<number>} */
var y = [];
 
y.push(1); // OK
y.push("string"); // Erro, string não é atribuível a number
Try

Em chamadas de função

Uma chamada para uma função genérica usa os argumentos para inferir o tipo dos parâmetros. As vezes este processo falha ao inferir qualquer tipo, principalmente por causa da falta de fontes de inferência; nesses casos, o tipo dos parâmetros será any. Por exemplo:

js
var p = new Promise((resolve, reject) => {
reject();
});
p; // Promise<any>;

Para aprender todas as features disponíveis em JSDoc, veja a referência

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Last updated: 20 de abr. de 2024